QUERO

Quero sua mão de veludo

tocando, acariciando

meu corpo desnudo;

Quero seus braços,

ternos tentáculos

que me envolvam e aqueçam com seus abraços;

Quero o som de sua voz

encanto demoníaco angelical,

perpassando Terreiros

os vitrais das Capelas, Oráculos

e Catedrais

pra repicar os sinos da volúpia carnal;

Quero de sua boca

o beijo mais ardente,

sentir esse doce veneno

pra curar minh’alma incandescente

perdida nas noites de fino sereno.

Meu amor ouça o verbo,

o passado recente é presente

nunca estivemos sós,

e por mais que se tente negar

eu e você nunca deixamos de ser “nós”...

22/02/2008

ANDRADE JORGE