Chuva de amor

Pela janela o vento adentrava uivando

O pensamento vagava em turbilhões

De esperança, cantavam os anjos

Ao bel prazer do mais nobre sentimento

Encantando o aflito coração.

Em seguida a chuva pôs-se no telhado a cair

O vento bravo e forte no portão uivava batia

Tornando à noite em barafunda rebeldia

Luzes e sons, mistérios dos relâmpagos

Modificavam o modo de no amor pensar,

Transformando realidade em doce magia.

De repente a noite se fez silenciosa

Ouviam-se répteis em prosa, como se fosse

Martelo do ferro tirando poesia.

Tudo voltou à normalidade, o cheiro

Da terra molhada subia, o amor inspirava fundo,

Bem fundo, assim como a mãe ao filho dizia,

Cantiga de roda lembra o amor que jazia...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 21/02/2008
Reeditado em 22/02/2008
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