Chuva de amor
Pela janela o vento adentrava uivando
O pensamento vagava em turbilhões
De esperança, cantavam os anjos
Ao bel prazer do mais nobre sentimento
Encantando o aflito coração.
Em seguida a chuva pôs-se no telhado a cair
O vento bravo e forte no portão uivava batia
Tornando à noite em barafunda rebeldia
Luzes e sons, mistérios dos relâmpagos
Modificavam o modo de no amor pensar,
Transformando realidade em doce magia.
De repente a noite se fez silenciosa
Ouviam-se répteis em prosa, como se fosse
Martelo do ferro tirando poesia.
Tudo voltou à normalidade, o cheiro
Da terra molhada subia, o amor inspirava fundo,
Bem fundo, assim como a mãe ao filho dizia,
Cantiga de roda lembra o amor que jazia...