BALAS PERDIDAS!

Você que me laça, com tanto carinho,
que abraça acolhendo-me em ninho,
Atingindo-me em cheio com flecha certeira.

Você que desarma e me vira do avesso,
bala perdida... Como hei de escapar?
Beijos travessos. Que sei... Vão me matar!

Mas, deixo o peito aberto, pra ser atingido,
por toques mágicos, desejos ardidos...

Você que se rende aos meus afagos,
que se entrega ao som de sussurros,
mostra-se vencida com meus absurdos,
sente-se plena com meus estragos...

Você que ama, até a exaustão dos desejos,
esfrega seu corpo pra saciar tua fome,
comete delicias, alucinantes gracejos...
Me leva a loucuras ao gritar teu nome!

E na roda viva da vida, corpos suados,
lamentam o fim de um amor infinito...
Que morre em teus braços, todos os dias,
com peito aberto a espera de balas perdidas!


















Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 17/12/2005
Reeditado em 18/02/2006
Código do texto: T86951
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