METADE







Sento-me na rua
E conto os minutos
Para tua chegada.


Quebro as xícaras
Risco o meu diário
E violento as tuas mentiras,

Mas te confesso
Que acho tudo igual
E banal


Exagero-me,
E não me deixo em paz

Perco as chaves de casa
Chego ao fim

Fico pela metade


E, apesar de tudo...
Ainda, te amo.