Raposinha
Ah raposinha faceira !
Corres de mim?
Ou corres para mim?
Não sou mago, não prevejo.
Como tua manha, tua charla,
Como teu desejo e teus medos, todos eles
Me encantam e fascinam
A ponto de não querer mais nada a não ser te agarrar.
Mas enquento corres, vais mais rápido, pois sou poeta
Não um infame caçador.
Pois o infame caçador não deseja mais do que saborear a carne da caça.
Que Diana me ajude.
Ajude-me Diana, a alcansar essa raposinha matreira.
Lonje de mim saborear a carne da caça, tu bens sabe.
Mais quero eu essa presença a outra coisa, sim sabes.
Quero esse espírito livre para me acompanhar.
Raposinha matreira, dá-me língua?
Quero, mas não posso força-la,
Pois serás minha se assim desejar,
Já disse, não sou vil caçador.