ANA C.,"DESPE-TE DOS RUÍDOS"
ANA C. , "DESPE-TE DOS RUÍDOS"
A estrutura inacabada
Talvez a verdade dos fatos
Não dos olhos, spots
Da construção oca
Do salto alto
Na contramão
No vácuo do um
Quase dois
tea for two
Escorre o assassino
Eu,
Vivo nas cabeças
de Madame Tussaud
Derreto solidões
Esculpo saudades
Roberto ainda geme
Nas curvas da Bahia
Tortas vias
Veias secas
Fingidas
Mãos com Luva
De Pelica?
O todo da vida
Não de mim
Dos que li
Nem conheci
Mentiras
No risco neon
Do tempo Blue
De mim?
Só a obra fantasma
Dos meus eus.
“Despe-te dos ruídos”
Quantos?
Dois? Tantos?
Ah! Esqueci.
Cintia Thomé
1984
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