Naveguei pelos desertos
Por noites e noites
Longas e escuras
À procura
Desse reencontro contigo.
Agora, estas tuas ondas
De amores
Diluem com carícias
Todos os
Meus sintomas,
Todas as,
De amar, minhas
Somatizadas dores,
Todos os cristais
Dos sofridos rigores
E todos os sinais
De rígidas asceses
Somem nos rijos risos.
Não sou mais sozinho,
Em teus oásis
De carinhos
Minhas ânsias
Se tornaram paz.
E carnavais
Só com, de prazeres, ais.
Meu desassossego
Em quietude
Se fez.
Minhas esperanças
Se reverdearam
Renascendo
Da cáustica estiagem.
No fim do lúgubre túnel
Pulsa uma estelar luz
Com seu rebrilho
Cessando o estio.
Enfim, de Amares, Ilha,
Após a cruel travessia
Das ferozes, das Tormentas, Linhas,
Do Cabo da Boa Esperança,
Para as Índias.
Luas-de-méis
De amorosas soberanias:
Não mais
Sol só
E estrelinha sozinha;
Doravante,
Astro-rei e sua Lua,
Eu-Sol & você-eSTrELA.
©
®Gabriel da Fonseca

---Às Amadas Amigas Reais e Virtuais; à eSTrELA EMILIA; 08/12/07, n.º 1180.  Formatação de Imagem por Stela Emilia Gusmão.

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Canto o cântico de instantes imersos,
Um amor consolidado em sintonia,
Coração envolto em inefável gozo,
Sentindo a composição da sinfonia.

Nascido em versos na impertubável paz
E na música suave que se faz dança,
No conforto de quem se sente em casa
E na intimidade em ressonância.

É por esse fio condutor, que inebria,
Gerador de sentimentos re-ligado,
Quase transformado em alquimia,

Que deleito-me e, entrelaçada pelas notas,
No ritmo da batuta em divina maestria,
Sob a regência do SOL, brilha a ESTRELA-GUIA.

Stela Emilia 

---Soneto