DOCE AMADA

Esse amor é tão forte, que eu me calo,

Ante a impossibilidade real de explicá-lo,

Ou saber

Que origem pode, enfim, ter tal sentimento

E de repente, quase mesmo num momento,

Crescer

A ponto de tornar-se assim, sólido, completo,

Esse inesgotável manancial do maior afeto,

Esse pensar em ti, por todo o meu dia,

A sensação dessa mais pura alegria,

Que tenho

Quando, afinal, nós nos encontramos...

E, felizes, apaixonados, nos amamos...

E venho,

Correndo, tomar-te nos meus braços,

Pois sinto a falta desses teus abraços,

Uma angústia toma conta do meu peito,

O tempo, como que se arrasta, sem jeito

Algum

Eu encontrar, de abreviar essa espera

Incômoda, dolorosa...ah, se eu pudera

Só um...

Sim, só um dia, ao menos, estar contigo

Todo o tempo, amando-te, ao abrigo...

Dos problemas todos que o cotidiano

Me impõe, deste ritmo quase insano

Da vida,

A ocupar, do meu tempo, a maior parte,

Como a tentar impedir-me de amar-te,

Querida,

Pois parece ser, afinal, essa rotina,

Dos que amam, o mal, a triste sina...

Mas chega o momento mais esperado,

Em que, finalmente, estou ao teu lado,

E então...

Não mais me atormenta toda a pressa,

Já que nada existe, agora, que me impeça

Essa paixão,

Razão maior da minha vida, inspirada

Nos teus encantos, minha doce amada.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 19/02/2008
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