Nos braços da morte
Um ano atrás,
O abraço da morte,
Deixou-me inerte,
Quase sem vida.
Levando-me suavemente,
Para as garras do desconhecido,
Tirando-me a vida permanentemente.
Segredei-lhe no ouvido
Ainda me considerando forte,
- Não era o momento da minha partida.
Queria viver, muito a conhecer.
Da vida sabia pouco,
Do meu amor nada sabia.
Queria viver, para construir,
Para amar e ser amada.
Fazer diferença neste mundo,
E ser uma mulher respeitada.
Queria uma chance para recomeçar.
Acordei nos braços da vida,
Um espectro do que fora,
Mas a alma continuava guerreira.
Pronta para recomeçar uma existência inteira.
Não lamentar o tempo perdido,
Nem chorar amores não correspondidos.
Apenas seguir,
E agradecer o tempo porvir.
(Há um ano atrás, no leito do hospital Araújo
Jorge de Goiânia estive em estado de coma,
devido ao câncer – Hoje junto com meus
amigos comemoro a alegria por estar aqui,