PROFECIA
A PROFECIA
Jorge Linhaça
Uma profecia foi feita
nos idos do antigo tempo
às curvas do vento sujeita
pela feiticeira Risoleta,
senhora das asas do vento.
Previu ela , com seu cajado,
que em tempos distantes, futuros,
haveria amores fragmentados,
pela distância afetados,
separados por grandes muros.
As almas seriam despedaçadas,
por lobos vestidos de cordeiros,
a paixão seria sempre invejada,
a honra seria também difamada,
combatido o amor verdadeiro.
Haveria pranto disseminado,
corações a sangrar por teimosia,
o santo seria profano, pecado,
corações seria despedaçados,
a inveja venceria a alegria.
E entre tantas perdas e danos,
entre espinhos e ervas daninhas,
somente em alguns altiplanos,
sobreviveriam à força dos anos,
amantes em busca da harmonia.
De beijo em beijo, abraço em abraço,
carícias feitas à luz do luar,
manteriam da melodia o compasso,
sobrevivendo ao frio e mormaço,
compreendendo que viver é amar.
A PROFECIA
Jorge Linhaça
Uma profecia foi feita
nos idos do antigo tempo
às curvas do vento sujeita
pela feiticeira Risoleta,
senhora das asas do vento.
Previu ela , com seu cajado,
que em tempos distantes, futuros,
haveria amores fragmentados,
pela distância afetados,
separados por grandes muros.
As almas seriam despedaçadas,
por lobos vestidos de cordeiros,
a paixão seria sempre invejada,
a honra seria também difamada,
combatido o amor verdadeiro.
Haveria pranto disseminado,
corações a sangrar por teimosia,
o santo seria profano, pecado,
corações seria despedaçados,
a inveja venceria a alegria.
E entre tantas perdas e danos,
entre espinhos e ervas daninhas,
somente em alguns altiplanos,
sobreviveriam à força dos anos,
amantes em busca da harmonia.
De beijo em beijo, abraço em abraço,
carícias feitas à luz do luar,
manteriam da melodia o compasso,
sobrevivendo ao frio e mormaço,
compreendendo que viver é amar.