TERMINAL
... Meu grito arde:
"Seu covarde,
já vai tarde!!!"
E relato:
"Eu já queimei o seu retrato -
num ritual - com todo aparato"
E conto:
"Seu tonto, eu pisei na sua lente
doente de ciúme ... e com prazer
pra que outra você não pudesse ver..."
Eu falo impaciente,
apontando o dedo na sua frente:
"Seu malvado, seu demente!!"
Eu soco o seu peito
mesmo que sem muito jeito,
e me livro das suas mãos...
Eu desfaço nosso leito,
jogo tudo pelo chão.
Não quero nem saber!
Olho para o outro lado.
Dou-lhe as costas,
de mãos postas.
E, num som sonoro -
eu peço, quase imploro:
"Vê se me esquece, seu moleque!
Vai logo nessa! Depressa!
Leva tudo o que é seu!"
......
Então ... então,
no vão, fiquei parada
- virada pra este final.
Não! Verdade seja dita:
" Nada mais eu via ...
escondendo que estava
a gota mortal que me caia."
*****************
Silvia Regina Costa Lima
17 de Fevereiro de 2008
... Meu grito arde:
"Seu covarde,
já vai tarde!!!"
E relato:
"Eu já queimei o seu retrato -
num ritual - com todo aparato"
E conto:
"Seu tonto, eu pisei na sua lente
doente de ciúme ... e com prazer
pra que outra você não pudesse ver..."
Eu falo impaciente,
apontando o dedo na sua frente:
"Seu malvado, seu demente!!"
Eu soco o seu peito
mesmo que sem muito jeito,
e me livro das suas mãos...
Eu desfaço nosso leito,
jogo tudo pelo chão.
Não quero nem saber!
Olho para o outro lado.
Dou-lhe as costas,
de mãos postas.
E, num som sonoro -
eu peço, quase imploro:
"Vê se me esquece, seu moleque!
Vai logo nessa! Depressa!
Leva tudo o que é seu!"
......
Então ... então,
no vão, fiquei parada
- virada pra este final.
Não! Verdade seja dita:
" Nada mais eu via ...
escondendo que estava
a gota mortal que me caia."
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Silvia Regina Costa Lima
17 de Fevereiro de 2008