Novamente

E aqui estou eu novamente

Indeciso

E aqui novamente o tempo

Impreciso

Horas, minutos, segundos que afligem

E a ansiedade continua aqui latente

Cada vez mais forte

E eu

Cada vez mais fraco

Sinto as pernas tremerem

O coração palpitar

Só de imaginar te ver

Só de imaginar te ter

É assim

Tudo uma bela fantasia

Que ao virar realidade

Minha normalidade há de se estranhar.

Não consigo me aproximar

Não consigo me expressar

Não da forma como imaginei

Não da forma como planejei.

Tudo seria muito simples

Se não fosse difícil de por em prática

E mesmo não sabendo quando irás voltar

Não consigo ir de encontro a ti.

Conto o tempo

Sinto o vento correr pelas arvores a soprar as folhas

Natureza sem naturalidade

Sou eu contra você.

Sua beleza me inibe

Sua beleza exige muito

E agora não sei como lidar com tamanha perfeição

Seu olhar escuro emite um brilho engraçado

Riso que ilumina minha alma

Me apóia

Me faz flutuar

E nas alturas quero ficar

E no que estás a pensar?

Se soubesse minhas dúvidas

Certamente traria respostas

Um sim

Ou um não

Mas um fim.

Novamente

Outra noite a questionar

Outro dia a suspirar

E assim quanto tempo irá durar?

Não sei

Mas o tempo preciso

O tempo que preciso

Para falar

Ou simplesmente

Esquecer

Mais uma vez

Esquecer de te dizer

Que te amo.

Novamente.

Flavio Marcondes
Enviado por Flavio Marcondes em 17/02/2008
Reeditado em 28/01/2023
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