que amigo teu eu seria

Ela me sorri,

meu sorriso não retorna

há de ser de mim o que

que não mais a percebo

nem se se refira ela a mim

Definiu-se-me como a dor

Estou vivo, o coração dói

Eu a amo e é isso só

que nada importa.

Faz penar

Diz que se refere a mim.

Indiferença seria ainda pior.

Muito, muita vez mais.

Nem trocamos apenas olhares

e já somos os mais fiéis amigos.

E por que, então, sinto dor

pela amizade da mulher que amo?

E por que furtar-me jamais de dizer

que é amor, aceite assim...

ou mesmo não, porque, eu sendo

louco desato aqui o que sinto,

seja doçura do grande amor,

sejam meus ais, vão ser os teus.

Desatinado. Sei que não há destino,

nem fadado está nosso caminho,

que pavimentaria para te amar

Pronuncias o impronunciável: amiga

A palavra é amor.

Ouve-me mesmo?

O clamor que me esgana e te conclama?

Um amor sem a conseqüência, assim, é

p'ra morrer de te querer, deixá-la então

por cálice a mais de tão amargoso vinho

vou-me reerguendo em prantos. Não te

aflijas que ainda não vou à tibieza

Não estou então fraco,

é apenas morto que estou,

não tenha dó, não é lamúria,

é meu modo de purgar...

o falso do verdadeiro

Serve-me em teus dedos finos a delicadeza

tua que me alcance os lábios e talvez me toquem,

que é desespero não saber se o buquê

é teu ou de qualquer

Sei da tua amizade.

escreves nos meus escritos,

És mais amiga deles que eu próprio,

que tento desvencilhar-me

como alguém outro, um não autor

à cata de que sirvam a outrem

mais do que a mim têm servido

Jornada sentimental sem melodia

"Sempre te amarei, amigo"

Um leitor de agora tão estranhas linhas,

posso dizer-te, parece a canção vulgar

não o tão belo clássico que me ofereces

com as ilustrações ainda mais belas.

És hoje uma amiga. É brega, nem luxo,

estar apaixonado assim parece

que posso fazer a canção,

mas sequer firo um violão, menos

ainda tanjo um banjo.

Desafino.

Deixa-me mal comigo mesmo,

Então, mais desespero

Vou em frente um pouco tímido,

Levo esse barco já sem leme

em busca do que, sim, do querer

e o que me espera, sei, é um amor

que nunca em mim se apaga,

nem que não encontre quem o afague

nos atormentados momentos, poucos,

mas intensamente contrariados por

um grande desamor.

(E vê que as rimas já me fogem,

empobrecem; entristecem...

É tarde, o sono me aperta os olhos,

cobra um indevido repouso

que não ouso buscar no sono

Oh! Estranhada amiga minha.