TEMPO DE AMAR

Quanto amor fizeste caber em meu coração!

Como poderia eu, sequer, musa, imaginar,

Que, em mim, tanto espaço houvesse a ocupar,

Como esperar sentir, ainda, tanta emoção?

Se, porventura, me tivesse sido afirmado,

Naqueles tempos de tristeza e solidão,

Que talvez, num repente, uma paixão,

Pudesse ter-se, do meu peito, apoderado,

Ao certo haveria eu de, em resposta,

Afirmar que tal tempo já se passara,

De amar, a esperança se esfumara,

Estava, pois, a situação assim exposta.

E, se assim, fora, meu pensar seria errado,

Porquanto, um dia, tu de mim te acercaste,

Com tua ternura e teu afeto me mostraste

Que é tempo, ainda, de amar e ser amado.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 16/02/2008
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