BEM-VINDA Á MINHA CAMA

Aconchego-me e aqueço a alma

Na temperatura agradável do teu corpo

Ao entrares na minha cama com convites

Que sugerem a minha entrega ao fim do mundo

Porque tudo lá fora deixa de existir

Na minha cama aquecida pela nossa volúpia

E os lençóis deixam de ser lençóis para serem nuvens

De paixão onde sonhamos ajustados

Ao prazer que se transforma num corpo de amor

De dois corpos largados pelas suas almas

Que de estrela em estrela ao som de um violino

Dançam pela galáxia numa bússola romântica

E nossos corpos ali fundidos em matéria física

Homenageiam os sentidos de quem ama

Olhando a sensualidade com o charme de ambos

Que nos enche os olhos com fogo de artificio

De fantasias expostas no tecto do meu quarto

Ouvindo a delicadeza do som ao beijarmo-nos

Que no bom nosso silêncio soa como sinos

Batendo as horas que confirmam a nossa união

Sentindo o tacto ao pormenor do nosso toque

Honrando cada curva dos nossos corpos adormecidos

Na primavera hilariante dos sentimentos fieis

Que partilhamos nesta entrega sem pudores

Saboreando o néctar da vida nas nossas salivas

Contempladas em nossas línguas desejosas

De mais e mais querer saborear gulosamente

Mortalmente pecando a gula do nosso amor

E satisfeitos respiramos o sopro dos suspiros

Soltos na minha cama onde és bem-vinda meu amor