ATÉ LOGO AMOR

Como é bom ouvir o cantar do galo

Misturado com o teu respirar ao meu lado

Num acordar agarradinhos na fornalha dos lençóis

Calorosamente tingidos por mais uma noite de tantas

Em que assinamos a dois um adormecer apaixonados

Madrugada fora, abrigados numa partilha de calor

Enquanto o galo canta desperta a ternura em nós

Num presente que partilhamos num beijo terno

Nas nossas faces pálidas e quentes madrugadoras

Que depois de um suave bom dia em voz rouca

Soltamos nossos corpos em gemidos de preguiça

Interrompida por um abraço que estala os ossos

Finalmente espertamos numa brincadeira de cócegas

Carregando positivamente mais um dia de felicidade

Nessas primeiras gargalhadas quase silenciosas

Quão barulhentas de energias inventadas por nós

Recordações que nos sustentará até ao fim do dia

Depois de nós acorda o dia timidamente da aurora

Com o som repetido de todas as manhãs da natureza

Convidando-nos para o banquete da vida simples

De repente a corneta do padeiro na rua que ainda dorme

Lembra o pequeno-almoço em mais uma troca de carícias

E espalhando sorrisos pelo nosso ninho de amantes

Terminamos o jejum e combinamos os planos do dia

Que depois de umas apalpadelas delicadas e agradáveis

Por entre beijos e beijinhos satisfeitos em pressa

Despedimo-nos para mais um ganha-pão com orgulho

Dos sacrifícios que os nossos sonhos exigem

Até logo amor!