AINDA RESTA ESPERANÇA
Se senso me resta, será de
bom alvitre não mais perder
tempo com coisas mortas, afinal,
qual o proveito para o bem?
Já chega algumas lágrimas
que caem quando afloram as
lembranças de alguém, que partiu
sem dizer nem um adeus.
Já é de bom tamanho, e,
nos traz determinado bem, recordar
os momentos festivos, quando as
mãos ainda se entrelaçavam.
Mas agora, por que não ouvir
as explosões da vida lá fora,
por que não abraçar os raios
de esperança que a existência nos dá?
Por que não espreitar e se envolver
com o comichão de um novo amor,
já que o velho aprisionou-me
com mil grilhões?
Tudo em mim ensaia um
novo renascer, reforça esta
indômita vontade de viver,
de percorrer novos caminhos,
e degustar do vinho suas delícias...