ENTRE FIOS DE SEDA

Sou aquela que tem seu corpo arado
Semeado e fecundado.
Eu sou aquela que guarda e germina a semente,
Que acalenta no ventre
A baga de vida.

Eu sou a força que impera
Que determina o culto do corpo
Sou a espiga, a baga generosa
Presente na hora da ceia
Quando o fruto se faz maduro...

Sou aquela que faz cumprir
A dança da vida quando se entrega
No fascínio das horas
E na boca da noite
De estrelas se veste...

Sou eu, quem dá a essência da tua vida
O sentido e a razão do teu existir
Quando me deito em fios de seda
Neste leito de silêncio e te recebo em meu ventre /terra
Parindo a tua semente/gente...


Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 14/02/2008
Reeditado em 26/01/2009
Código do texto: T859579
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