Reinado sem rei
Você me diz seus sentimentos
Em tons de músicas
Eu digo os meus
Com escassas poesias
Contudo, dizes que meu reinado
Chegou ao fim
Digo então, que nesta vida,
Para súdito vim
Como posso governar
Minha lida
Se sou um eterno azafamo
Desgovernado,
E para arte do amor
Um belo de um desengonçado
Se cantas que sou o culpado
Pelo seu cansaço
Meu poema admitirá
Que sou um réu confesso
Se tentas substituir-me
Por um outro amor
Digo que não farei o mesmo
Pois você foi única
E assim será – insubstituível
Por isso, sou capaz de esquecer
Se estou acompanhado
Se tenho hora marcada
Para ver com você
A madrugada e o sol que vem...
Porque uma noite não é nada meu bem