Reinado sem rei

Você me diz seus sentimentos

Em tons de músicas

Eu digo os meus

Com escassas poesias

Contudo, dizes que meu reinado

Chegou ao fim

Digo então, que nesta vida,

Para súdito vim

Como posso governar

Minha lida

Se sou um eterno azafamo

Desgovernado,

E para arte do amor

Um belo de um desengonçado

Se cantas que sou o culpado

Pelo seu cansaço

Meu poema admitirá

Que sou um réu confesso

Se tentas substituir-me

Por um outro amor

Digo que não farei o mesmo

Pois você foi única

E assim será – insubstituível

Por isso, sou capaz de esquecer

Se estou acompanhado

Se tenho hora marcada

Para ver com você

A madrugada e o sol que vem...

Porque uma noite não é nada meu bem

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 14/02/2008
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