Saudade
Caminhas no silêncio e não olha
Para trás, impregnana minh’alma
De tristeza e me tortura
Deixa vagar no meu ser
Ressentimentos sem cura.
És eterna companheira das noite
Devaneas sentimentos alheios
Saudade, bruta e atrevida
Acalentas-te em meus anseios.
Se maltratar é tua sina
Por que não me deixas
Em paz bruta menina?
Velha bordadeira,
“Tricoteira” do suspiro
Filha da mãe que rumina.
Um dia de ti me livrarei, nem que contigo
Eu tenha de brigar, buscarei nos amigos
Alegres ou taciturnos abrigo para o amar
Para que tu não venhas perturbar.