Saudade

Caminhas no silêncio e não olha

Para trás, impregnana minh’alma

De tristeza e me tortura

Deixa vagar no meu ser

Ressentimentos sem cura.

És eterna companheira das noite

Devaneas sentimentos alheios

Saudade, bruta e atrevida

Acalentas-te em meus anseios.

Se maltratar é tua sina

Por que não me deixas

Em paz bruta menina?

Velha bordadeira,

“Tricoteira” do suspiro

Filha da mãe que rumina.

Um dia de ti me livrarei, nem que contigo

Eu tenha de brigar, buscarei nos amigos

Alegres ou taciturnos abrigo para o amar

Para que tu não venhas perturbar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 14/02/2008
Reeditado em 14/02/2008
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