Seda Negra




Teu deserto de seda desliza
As fibras onduladas
Abraçando meu espaço vazio
No ápice calafrio dorsal*

Mão que emoldura a forma
Incandescente em vibrátil
Na dura clave do grito latente
Que esfolia a forma orgânica

Seda negra da noite silenciosa
Cujo canto suave adormece
O belo marfim retesado
Sublinhando o iniciar dos desejos.