Agradeço-te a Loucura do Amor
[à Nuno Brito, poeta, amigo, paixão]
Agradeço-te a brandura.
Oh! Doce amado e amigo meu
Foste o céu, o temor e a loucura
Foste o riso e o pranto meu
Apaziguei, só por amar-te
Todo o fervor desta paixão
Desculpei-me por tudo revelar-te
Ante o teu pleno coração
É que amar-te foi-me a cura
Que a loucura me forneceu
Querer-te fez-me mais pura
Pois olhar teu sorriso me valeu
Toda a vida em toda a parte
Que de mim fugia, e então
Ao sonhar com tua arte
Plantei o amor em meu chão
Estes versos saem uma tronchura
Derraparam no sonho meu
Que em amor apenas sou tua
E que tu és somente meu
Falo, sorrio, canto, faz parte. . .
De esquecer a dor, este furacão
Choro, caio, sangro, em alarde . . .
Lembro-me doutra reflexão
Não há amor, luz ou ternura
Que se faça valer além do eu
O que se quer, verdade crua
É tomar o que se pensa seu