MURALHA DE PECADO

Vem comigo acordar no autêntico da beleza

Agarra-me com toda força e ondularemos

Pelo maravilhoso e deixaremos oscilar

Nossos corpos em vagas de volúpia

Tombando fogosamente uma muralha de pecado

Sobre uma abrupta cortina de prazer espantoso

Que nos faz subir ao céu avolumados de suor

Apinhados de azafama num impulso de luxúria

Fazendo tremer o Sol com a nossa depraves

Amortecendo a gravidade em sedução

Engolidos por excitação no estremecer do corpo

E aspiramos as nuvens com fôlego destravado

Desencadeando maremotos entre os lençóis

Numa memorável visão do extraordinário

Desenfreados por gemidos profundos

Celebrando a extremidade de um orgasmo

Que se proclama Deus dos nossos movimentos

Sem deplorar o tempo gasto nesta calma fugaz