O AMOR QUE ME CONFESSAS
Desperto entre lembranças e sonhos
Em mim, tudo celebra a tua existência
A dádiva de saber-me em teus momentos
Em todos os teus pensamentos
Não há fronteiras para o olhar
Quando o coração viaja através da paisagem do amor
Aconchegam-se em minha memória os dias vividos
O olhar detém o instante mágico do abraço
O carinho trocado no silêncio de todas as esperas
Recapitulo os dias de fascínio indescritíveis
Quando o meu corpo deixou-se acolher na alegria do teu
Cúmplices de ternuras, prazeres e afetos
Na certeza de ter o desejo mais intimo compreendido
Em mim ainda permanece
A sinfonia de tremores e arrepios
Que tuas mãos compuseram para o meu corpo
E bordaste nossas noites de estrelas
Deixando-te cada vez mais em mim
Conduzimo-nos as paisagens que tanto sonhamos
Surpreendendo nossos passos desavisados
E a poesia que desejava ser escrita
No reencontro dos nossos olhares
E nos demos um ao outro de presente
Enquanto deitávamos o perfume da lua
Em nossas mais sublimes emoções
E fui tua, quando teu olhar despiu-me em carícias
E fui porto seguro para o teu coração
Até então naufrago em águas de desencantos
Em todas as minhas lembranças
A confissão da ternura dos teus olhares
Quando do amanhecer dos teus sonhos
Despertando ao lado dos meus
Em minha saudade, tua felicidade ainda me sorri
Envolta em afagos e consentimentos de plena entrega
Em meus lábios ainda arde uma saudade que me beija
Deixaste em mim a fragrância deste amor
Que me convida à eternidade.
Em meu olhar há esperanças
Que apenas sussurram o teu nome para a saudade
Porque o teu caminho agora me reconhece
Como o teu destino possível
Fernanda Guimarães