Ode K

Não consigo descrever tamanha beleza

nem um fim de ano em Paris, nem um por do sol e Veneza

pode me trazer o que você me traz

É abrir falência sorrindo, é estar feliz em Alcatraz

Estar ao seu lado é cuidado e cobiça

É balada e missa

É a pós-produção da minha obra-prima

minha morte, vida Severina

Meu drama se transforma em poucas palavras

que pouco podem expressar

E a cada dia, por mais que a beleza acinze

Você: poderosa, Afrodite, Esfinge

A luz que guia, sem ofuscar

Você vai além das minhas regras, dos meus limites

das minhas glórias, dos meus palpites

Faz desaparecer os meus dias tristes

por mais frios que sejam tais vazios

Você é o que me traz vida nesses dias tão sombrios

dia 01/06/2005