SOLIDÃO: USE E ABUSE!

Surtei

Achei que encontrei

A unha, era carne

Roí a carne

Sangrei

Chorei

De novo procurei

Reticente

Demente

Me vi de frente

O tu, de nós,

Ausente

Que dó

Que nó

Novamente errei

Fui-me

Outra vez tentei

Ainda teso de raiva

De mim

E outro Dom Quixote

Inventei

Como assim?!

Nem sei

Mas foi

Me estrepei

Nos moinhos

Me enrosquei

Com minha lança

Me feri

Em tempo, fugi

De não virar burro

Por excesso de erro

Surge, daí

Outra

A última Musa

Mas, lamento

Comigo aprendi

Solidão

Chance pouca

Que se usa

Então, solidão,

Me salva, e

Me abusa!

Sylvio Carlos Galvão
Enviado por Sylvio Carlos Galvão em 11/02/2008
Código do texto: T855464