Mônica

"Para uma garota com Leucêmia e um jovem enamorado

com distúrbios de comportamento que quer provar na morte

dos outros o valor de uma vida"

Uma contusão na face estelar

a passar mudos sonhos

eles não sabem o que eu sinto

uma pétrea garoa levou-te tão longe

diante da gélida e alva face pálida

não restou um fôlego de reminiscências

o vácuo e astros que se envolvem no promíscuo

embriagado por lágrimas, cego a mirá-la

penetrada por frias larvas rudes

desvirginando em segredo tua timidez

traças encilhadas à mente!

Para a laterna de olhos translúcidos

acorde! acorde!

Pelas tuas lágrimas escorrem minha vida

e doente, houve o espasmo-contato

caíndo por terra,lábios mudos

ao luzir oculta à mortalha

rezam-se à um Deus em forma de estátua

um beijo de desespero,único n'uma vida

E eu suponho devorar rosas sonâmbulas

com a jardineira em mãos regava

a natureza morta de uma tela de marfim

Eu,urubu taciturno, poderia roubar

mas não é essa vida a tua

e os acordes fúnebres dizem adeus

Quem roubou o brilho dos teus olhos?

acorde! acorde!

Oh, penumbra dos olhos ofendidos

Oh, ânimo triste, soluço incontido

à face decomposta em eterno grito

sinfonia dos fantasmas perdidos

O amargo vinho viera lho moldar

uma flãmula excitada, uma vida

e era só um cavalo alado selvagem

e voava tão alto que podia cantar

mas nesse momento não podes tu acordar....

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Shades
Enviado por Shades em 11/02/2008
Reeditado em 02/05/2008
Código do texto: T855383