Mônica
"Para uma garota com Leucêmia e um jovem enamorado
com distúrbios de comportamento que quer provar na morte
dos outros o valor de uma vida"
Uma contusão na face estelar
a passar mudos sonhos
eles não sabem o que eu sinto
uma pétrea garoa levou-te tão longe
diante da gélida e alva face pálida
não restou um fôlego de reminiscências
o vácuo e astros que se envolvem no promíscuo
embriagado por lágrimas, cego a mirá-la
penetrada por frias larvas rudes
desvirginando em segredo tua timidez
traças encilhadas à mente!
Para a laterna de olhos translúcidos
acorde! acorde!
Pelas tuas lágrimas escorrem minha vida
e doente, houve o espasmo-contato
caíndo por terra,lábios mudos
ao luzir oculta à mortalha
rezam-se à um Deus em forma de estátua
um beijo de desespero,único n'uma vida
E eu suponho devorar rosas sonâmbulas
com a jardineira em mãos regava
a natureza morta de uma tela de marfim
Eu,urubu taciturno, poderia roubar
mas não é essa vida a tua
e os acordes fúnebres dizem adeus
Quem roubou o brilho dos teus olhos?
acorde! acorde!
Oh, penumbra dos olhos ofendidos
Oh, ânimo triste, soluço incontido
à face decomposta em eterno grito
sinfonia dos fantasmas perdidos
O amargo vinho viera lho moldar
uma flãmula excitada, uma vida
e era só um cavalo alado selvagem
e voava tão alto que podia cantar
mas nesse momento não podes tu acordar....
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