CATIVANTE
Enquanto me imaginava centro...
E vivia de não abrir meus espaços
Achava que tinha todo discernimento
Para traçar na linha da vida meus gráficos!
Limitava a minha vida junto à poesia
Na amplidão dos espaços entre as palavras
Metia medo em quem de mim se aproximava...
Fazendo com essas palavras fronteira absoluta.
E num piscar de olhos me deparo, estupefata...
Com um homem que desafiou minhas barreiras.
Chegou mansamente, como quem nada quer...
Eu nem ao menos tentei me afastar ou reagir!
E qual criança, fiquei encantada pelo jeito manso...
Com o conhecimento que derramava sobre mim...
Em tão pouco tempo de convivência...
Senti que um novo mundo caia em meus confins!
E medrosa, pude ver novas paisagens
Caminhos povoados pela minha ilusão...
Percebi então nesse momento
Que meu coração tremeluzia de paixão!
Um homem cativante, matreiro...
Até mesmo infantil nas suas relações...
Apesar de ser um homem integro, inteiro
Não têm medo de assinar todas as suas ações!
E hoje me vejo presa, cativa de sua dança...
Esperando a sua chegada, sua presença...
Querendo ser levada pelos braços de sonho
Sonhado no meu céu de esperança!