Tolice
Tolice
Que noite, que pesadelo, que solidão!
Não entendo esses sentimentos que fogem de minha mão
Como névoas frágeis que deslizam sobre meus dedos
E vão ao longe até eu não poder mais alcançar;
Que desespero, que angustia, que sofrimento...
Isto é cada vão momento que passo sem ti
Delirando em ais dependentes de sua companhia
Sonhando e suspirando em saudosa nostalgia.
Que alucinação, que delírio... Que ternura!
Que jamais encontrei em qualquer outra desventura
Enchendo meu peito de ventura, fazendo sonhar
Com o momento sutil e ansiado de tuas mãos tocar...
Mas que tolice é esta que me emudece?
Que me faz perder das ânsias o medo
Que na cândida face me aparece
Tudo aquilo que guardo em segredo...
Talvez da resposta saiba eu
Mas ainda covarde demais para revelar
E aceitar uma vez na vida...
Que acabei por me enamorar.