VOLÚPIA

Morre

o fogo morno

Mudado

pela constância

de amantes que se buscam

lascivos, sim!,

os pensamentos ofuscam

as consciências

É carnal

o desejo

é mental

a volúpia que arde

enrubescendo as faces

mesmo ao gelo exposta

pela ausência alongada

A presença insinuante

da rosa rubra arrancada

que ainda assim

não despetala

posto que é flama

dos corações apaixonados

antecipando gozos

prazeirosos

cachoeiras perfumadas

profanadas pelo amor

noviço e perene

das nossas almas libertadas.