BRAÇOS DISSIMULADOS

Morreu dentro de mim algo

que foi cultivado com muito

primor, algo simplesmente

teu, tão teu, que passou a ser

a estrutura de nosso amor.

Não houve segredos, te

entreguei o afeto de quem relato,

de uma forma exclusiva, sem

arrependimentos, uma entrega

absoluta e de fato.

Ingênuo, adormeci amparado por

braços dissimulados, mesmo assim cheguei até

sonhar com glória sobrenatural,

cabedal de uma paixão natural...

Então, depois de algum tempo,

a estrutura passou a apresentar

rachaduras por infiltrações,

consequência de excessivas indiferenças.

O que nos embalava teve um fim

que nunca foi esperado, e aquele

algo invulgar que expirou o amor,

assim como o jasmim exala perfume,

sem se importar com a dor...

Wil
Enviado por Wil em 09/02/2008
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