País do Amor

Nessa intrincada 'solucionática' do amor

Fico aqui com meu tutano a matutar idéias

Por que uns tem tanto amor e outros nada?

Um é sempre tão pleno e despojado...

O outro tão morrinha, sovina e acanhado?

Aí eu penso que deveria haver um medidor do amor

Como há com a energia elétrica que produz a luz

Se você recebesse um tantão assim de amor...

Não poderia distribuir só um tantinho assim

As situações seriam mais equânimes...justas.

E estaria resolvida a misteriosa equação do amor

A central de distribuição amorosa seria o coração

Que mediria desde a pulsação até a emoção

Haveria o amor numa espécie de socialização

Do qual ninguém ficaria sem seu valioso quinhão

E quem fosse 'pão duro' ficaria apenas na mão

Nesse universo seria proibido represar amor

Os que mais gastassem seriam os mais ricos

Haveria uma loja aberta o tempo inteiro...

E os produtos etiquetados com atenção

Por exemplo: Um pacote de ternura se obteria...

Só pela troca de um pacote de carinhos

Já o invólucro de beijos...só pelo de abraços

Os agrados assim seriam sempre trocados

Ninguém com 'olho gordo' ou mágoas

Porque o amor seria de todos...everybody!

Tudo seria recíproco... do olhar... ao toque

Sem nenhum fardo de solidão nos ombros

Seríamos uma sociedade...uma bela nação...

Cuja única preocupação seria a produção do amor.

E pode lhe parecer uma grande bobagem...

Mas confesso...que lá no fundo...mais profundo

Todos iríamos querer viver nesse utópico mundo.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 08/02/2008
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