O DIA EM QUE O TEMPO PAROU

Quando meus olhos passeavam pela graça de teus passos

Eles viviam o mesmo sonho que todas as noites me invadia

Onde a seiva que hidrata minha boca, inundava os meus abraços

Onde eu sabia que se preciso fosse, pra te ter, o tempo eu pararia!

E foi assim, quando enfim, o teu sabor procurou meus endereços

No fim de tarde, onde o sol desistiu de se esvair no horizonte

Onde a larva não violou o seu casulo e a borboleta ignorou seus adereços

Dia que não virou noite, onde as águas permaneceram nas fontes!

As nuvens detiveram a si e o mais impetuoso vento cessou

Correntes de rios recolheram seu prosseguir e desapareceram as marés

A metrópole sempre agitada, tal como o campo sertanejo se tornou

Inimigos se deram trégua, e já não se encontraram quadros e pincéis!

Dois corpos que se perderam, nos interiores do seu querer

Fizeram um grandioso espetáculo, que o universo contemplou

No dia em que todos os feitos, resolveram mais nada fazer

Dia em que se faz eterno o nosso prazer, pois o tempo parou!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/02/2008
Reeditado em 21/01/2012
Código do texto: T849891
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