O DIA EM QUE O TEMPO PAROU
Quando meus olhos passeavam pela graça de teus passos
Eles viviam o mesmo sonho que todas as noites me invadia
Onde a seiva que hidrata minha boca, inundava os meus abraços
Onde eu sabia que se preciso fosse, pra te ter, o tempo eu pararia!
E foi assim, quando enfim, o teu sabor procurou meus endereços
No fim de tarde, onde o sol desistiu de se esvair no horizonte
Onde a larva não violou o seu casulo e a borboleta ignorou seus adereços
Dia que não virou noite, onde as águas permaneceram nas fontes!
As nuvens detiveram a si e o mais impetuoso vento cessou
Correntes de rios recolheram seu prosseguir e desapareceram as marés
A metrópole sempre agitada, tal como o campo sertanejo se tornou
Inimigos se deram trégua, e já não se encontraram quadros e pincéis!
Dois corpos que se perderam, nos interiores do seu querer
Fizeram um grandioso espetáculo, que o universo contemplou
No dia em que todos os feitos, resolveram mais nada fazer
Dia em que se faz eterno o nosso prazer, pois o tempo parou!