UMA FORÇA DE BECKETT
UMA FORÇA DE BECKETT
Por um momento
Não canto, não ladro
Não abro a gaveta
Não uivo
Nem me cuido
Às avessas jogo as vestes
Nem grito, nem apito ou urro
Não pulo a muralha
Canalha e caiada
Mórbidos hiatos
Estupores lânguidos
Em pêlo na caverna das sombras
Lanternas despóticas apagadas
Dos homens com fogo de amor
Da gente que passou
Na noite sem meu bem
Noites de lamento
em tochas sangradas
Não agüento, encolho
No canto
Do horror
Da saudade
Cíntia Thomé
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