DIALOGO DO REENCONTRO
Aceito sim, sem restrição
Vamos fazer outra tentativa
O tempo dirá se há solução
Melhor não fazer tratativa
Confirmação virá nos gestos
Certeza lhe estender a mão
Não lhe negarei afetos
Eu não imporei condição
Não seja erro passado tortura
Nem vivamos de lembrança
Sendo assim, nada perdura
Necessário haver confiança
Não me vá cobrir de ouro
Não faço uma consignação
Está me dando um suadouro
É o reencontro, a emoção
Sem ansiedades juvenis
Nem implicâncias senis
Lua de mel em Paris?
É o que a gente sempre quis...
Promete não muito ralhar...
Só mudando o analista...
Ih! Já vamos recomeçar?
E nem começamos a reconquista...
Combinamos sem condições
Complicado reabrir o coração...
Muito difícil não restar senões...
Trabalho para bom artesão
Você me canta um acalanto?
Você faz aquele bolo de mel?
No restaurante, o mesmo canto?
Que tal ensaiar a dança do véu?
Passear no parque... Mãos dadas?
Saiamos à francesa, bem de fininho...
Na verdade, já estava agoniada...
Vamos, chega de revelar segredinho...