Amor de agora
Não há mais casamento; se namora está casado
Faz-se amor ao primeiro toque sem com o futuro
Se preocupar, tudo fica maravilhoso aos abraços
E beijos, a emoção já não mora no coração
Habita-se no corpo inteiro, dominando o pensar.
Já não há mais juras de amor eterno, se não der
Certo cada um retorna ao seu lar, o amor
Que não havia do coração se desvia, um manda
O outro pro inferno, mergulhando-se na rebeldia
Já não há mais amante, a onda agora é ser “ficante”
Não importa se o amor é vagabundo ou se o pensamento
É errante, vive-se da amizade, onde de tudo um pouco se diz
Esquecendo entre o sorriso e o olhar o amor mais profundo
Mas o que é o amor? O que é o amar? Sorrir, abraçar e beijar?
A resposta encontra-se intrínseca no próprio olhar
Ao espelho que se quebra, na voz embargada de desejo
Que num lampejo pode sem medo nos embriagar...