Amor de agora

Não há mais casamento; se namora está casado

Faz-se amor ao primeiro toque sem com o futuro

Se preocupar, tudo fica maravilhoso aos abraços

E beijos, a emoção já não mora no coração

Habita-se no corpo inteiro, dominando o pensar.

Já não há mais juras de amor eterno, se não der

Certo cada um retorna ao seu lar, o amor

Que não havia do coração se desvia, um manda

O outro pro inferno, mergulhando-se na rebeldia

Já não há mais amante, a onda agora é ser “ficante”

Não importa se o amor é vagabundo ou se o pensamento

É errante, vive-se da amizade, onde de tudo um pouco se diz

Esquecendo entre o sorriso e o olhar o amor mais profundo

Mas o que é o amor? O que é o amar? Sorrir, abraçar e beijar?

A resposta encontra-se intrínseca no próprio olhar

Ao espelho que se quebra, na voz embargada de desejo

Que num lampejo pode sem medo nos embriagar...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/02/2008
Reeditado em 04/02/2008
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