AMORES

Aos meus Amores, presentes, passados e futuros, pois hei-de Amar até ao final dos meus tempos

AMORES

Que se estabelecem em mim

Como uma recordação de um passado

Mas bem presente Verão

Amores

Sempre quentes

Que nunca ficam

Passam sempre

E que assim de novo a mim virão

Amores

De diferentes feitios

De diferentes maneiras

Pois quando volto a amar

Dá-me a ideia que não é a milésima vez

Que é a primeira

Amores

Suaves beijos

Imensas ternuras

Que se perdem no tempo

Como uma lágrima na chuva

Amores

Imortais

Pois

Eles até podem passar

Mas dentro de mim

Fica sempre um pedacinho delas

Que revejo

Sem tempo nem espaço

Na minha infinita janela

De afectos

Que abro

Quando dentro de mim

Já não é possível esconder

Um infinito ardor

Que alivio

Quando sinto amor

Mesmo que não seja correspondido

Pois nas minhas eternas noites frias

Sei

Que os

Amores

Estão comigo

Para fazer mais uma linha

Neste imenso texto que é ser poeta

Pois sem os

Amores

Para nada serviria o que sinto

As palavras e os sentires

Seriam uma besta

Que me consumiria

Se não lhes desse asas

As asas

De um eterno sonho

Pois são os

Amores

Que compõem

A partitura

Onde coloco a música

Da ternura do carinho

Que me faz

Estar sempre acompanhado

E nunca

Jamais

Sozinho

Amores!