Ser....

Quando a dor nasceu

Um belo dia floresceu

Entre a dor do ser

E a alegria do ter

Hoje talvez eu tenha

Amanhã talvez não

Venha como convenha

Na vida a grande risada

Pode um dia dar lugar

Ao incomensurável pesar

De memórias passadas

Lembranças que pairam

Dias que sempre refazem

O meu eterno vazio de ser

Tento alegrar o meu ser

Com as drogas do prazer

Tento enterrar no meu ter

O meu eterno desprazer

Ando distraído pelo meio

Da eterna mentira do ter

E a profunda procura do ser

Verificando a minha volta

Só avisto rostos de revolta

Pois a vida nunca retorna

Ao ponto onde perdemos

Nossos sonhos infantis

No dia que esquecemos

De apenas sermos sutis

Com os nossos desejos

Nunca impor os anseios

De conquistar o eterno

Pois tudo na realidade

Não passa de vaidade

Das almas perdidas

Nesta eterna vida.

Diego Lapetina
Enviado por Diego Lapetina em 31/01/2008
Reeditado em 12/03/2008
Código do texto: T841195
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