AMANHECER
Como amanhece! O horizonte quando a ti vejo,
A suspirar a aurora refrescante,
Tórrido o frescor das tuas mãos a mapear
Meu corpo inda inseguro entrega-se confiante.
Ambígua, a solidão estas aflita,
Por lembrar da eufonia em meus ouvidos,
Trauteia o medo, severa atitude pervertida,
Deixa-se levar apenas, a emoção magnífica.
E mais tarde ao raiar o dia,
Saboreei o calor da sua boca quente,
Iridescente vicissitude almejar sempre
A presença constante do teu colo ardente.
Que mais, mas possa eu querer no agora.
Transbordar a vida como se fosse a aurora
Esplendida facear o que sempre quis outrora
Porque não aproveitar o que a vida oferece-me agora... ?