FECUNDA ESTAÇÃO

Quantas vezes, poesia minha,

foste sombria,

pura nostalgia,

sem emoção...

Quantas vezes, verso meu,

foste triste,

puro lamento,

sem fascínio,

nem direção...

E sem o encantamento

do livre e solto poetar,

mil versos mutilados

quedaram-se a meus pés...

Hoje, ao recolhê-los,

à luz e ao brilho de um olhar,

tocam-me a alma,

revestem-se de luzes,

viçam em fértil paixão,

como flores vicejam

em fecunda estação.

ANACLARA RIBEIRO
Enviado por ANACLARA RIBEIRO em 29/01/2008
Código do texto: T837929