Intrínseco

Um apanhado de trigo e rosas

no deserto do intrínseco,

da distância, poesia e amargo azul.

Suas letras.

Em meu corpo.

Teu nome cravado.

Meus versos de luz.

Atravessam setas de ouro de pérolas.

Dissipam-se

em línguas de areia.

Bebemos em silêncio

o elixir das virgens.

O devaneio

no precipício

e pisamos nus

em labirintos

nos abismos das serpentes.

Tragamos o cristalino nada.

Absoluto.

Sorvemos o néctar

do êxtase

onde os demônios rangem

em meio a rosas e papoulas.

Desertos.

Paraíso.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 29/01/2008
Código do texto: T837346
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