Intrínseco
Um apanhado de trigo e rosas
no deserto do intrínseco,
da distância, poesia e amargo azul.
Suas letras.
Em meu corpo.
Teu nome cravado.
Meus versos de luz.
Atravessam setas de ouro de pérolas.
Dissipam-se
em línguas de areia.
Bebemos em silêncio
o elixir das virgens.
O devaneio
no precipício
e pisamos nus
em labirintos
nos abismos das serpentes.
Tragamos o cristalino nada.
Absoluto.
Sorvemos o néctar
do êxtase
onde os demônios rangem
em meio a rosas e papoulas.
Desertos.
Paraíso.