De cordis
Edson Gonçalves Ferreira
Pouca gente entende o amor de poeta
Sofreguidão louca
Colo grande pra abrigar tanta gente
Fome de beijos e de abraços
Só ele sabe que cada entrega é virginal
Inaugura amores
Afinal, todos os dias não alvorecem
Afinal, todas as tardes não caem
Assim, também, o poeta ama de forma inicial
Ele sabe que nada é igual
Até as folhas das árvores não são as mesmas
Até o cheiro das rosas e seu colorido muda
Como a sede de amar do poeta
Sem esconder que morrerá faminto de amor.
Divinópolis, 28.01.08