ESSE GRANDE AMOR

Esse amor nasceu aos poucos, cuidadoso,

Como a evitar errar, discreto, atencioso,

Sereno...

Instalou-se em meu peito e, dir-se-ia,

Surpreendeu-me a paz que me trazia,

Pleno

De um tão doce e terno encantamento,

Um modelo do mais belo sentimento,

Mostrando-se, desde logo, muito forte,

Como nenhum eu vivera de tal porte,

Jamais...

Já se delineava, aos meus olhos, um futuro

Em que eu viveria, enfim, algo tão puro,

Capaz

De preencher todos os dias da minha vida

Com uma alegria impressionante, incontida,

Uma tão grande, real e perfeita felicidade,

Que afirmar, poder-se-ia, ninguém há de

Viver,

Se não tiver no coração tão vivo amor,

Não conhecendo, assim, todo o sabor

De ter

Pra sempre, dentro de si, acesa a chama

Ardente, só encontrada em quem ama...

E, de amor, por certo, pode falar este poeta,

Porque, dele, conhece a forma mais completa

Possível...

Sabe de toda e qualquer emoção que dá-se

Quando em nós ele se instala, qual tomasse,

Infalível,

Todo o espaço que tivera livre o coração,

Tornando-se, de nossa vida a mor razão...

E é, pois, assim, o amor que em ti vejo,

Que se renova sempre, em forma d¿um desejo

Sem fim,

Que nos tortura a cada vez que a despedida

Faz-se precisa ¿ é esta a hora mais sofrida

A mim,

Porque, pudera eu, e haveria de levar-te

Comigo, todo o tempo, anjo, por toda parte.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 29/01/2008
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