A MENINA

A primeira vez em que eu te vi, eu não vi o que pensei

Pensei nos traços comuns, que minha razão não surtaria

Jamais supus ao te ver, entender estar vendo o que nunca imaginei

Olhos singelos de menina, que toda minha sobriedade roubaria!

Eu temi o amanhã daquela noite, eu me vi prisioneiro do que vi

Eu corri infantilmente para a louca sedução de teu olhar

Eu ganhei os anos de tua face e ao lembrar de teu sorriso, até sorri

Eu senti que era mais que mero encanto, que era o canto do amar!

A menina sonhadora e sem juízo foi a sina do destino a me prender

O menino que morava em mim, segurou suas mãos, pra nunca mais soltar

A menina e o menino se olharam e ambos os corações se puderam ver

Foi o encontro de duas vidas que se completaram e que nunca mais deixaram de se olhar!

Eu te vi menina linda, quando ainda nem sabia o que o tempo me guardava

Aprendi nos teus abraços que o destino faz de nós o que bem quer

Eu cresci junto contigo e até hoje o teu beijo nunca se cala

Eu ainda vejo aquela menina, mesmo te vendo hoje tão linda mulher!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 28/01/2008
Reeditado em 20/01/2012
Código do texto: T836699
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