O Enigma do Amor

As gotas de orvalho não caíram como ontem

Nem a chuva quis escoar pelo céu

Não posso mais o sabor do mel sentir,

Só fel,

Não vejo da noite o véu

Porque você não está aqui.

Celestes anjos,

Augustos servos do Criador,

Salvem-me dessa dor,

Essa dor de amor,

Dor de paixão,

Que mantém em cárcere o coração.

Pois não está aqui

A senhora da minha mente,

Que faz de mim o que sente

E mente,

Enquanto sou contente

Ela é do amor descrente.

Oh céus benditos,

Que a esse poeta um dia seja dito:

- É tua a liberdade!

Livre para escolher

Quem seja como eu

Antes que o coração me vença de saudade.

Mas, oh Deus, o que devo escolher?

Amar ser livre?

Ou ser livre para amar?

Mesmo se um dia tiver a solução,

Vivendo uma paixão ou uma solidão,

Optarei por ouvir meu coração...

Rafael Otávio Modolo
Enviado por Rafael Otávio Modolo em 26/01/2008
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