CRIA DO AMOR
Eu podei meus desejos
Deixei a grama rasteira
Mas veio o sol
O vento e a chuva
E tudo floresceu
Com mais pujança
Os deuses não gostam
De encostas nuas!
Podei a minha imaginação
Então os acontecimentos
O cotidiano ficou disperso
Pelas lentes dos sonhos
Sem nexo
O cotidiano fluía
Os deuses não gostam
De mente vazia!
Podei meus sentimentos
Amarrei-os a correntes
Prendi-os.
Ocupei o tempo
Não o deixei vazio.
Mas os deuses
Gritaram enfurecidos:
Dar-te-ei dores no ventre
Cólicas de desejos
Overdose criativa
Só para que não negues
Parva criatura
Que és mulher
E não podes fugir
À natureza
Que te fez sensível
Cria do amor
Expressão do sentimento!
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