CRIA DO AMOR

Eu podei meus desejos

Deixei a grama rasteira

Mas veio o sol

O vento e a chuva

E tudo floresceu

Com mais pujança

Os deuses não gostam

De encostas nuas!

Podei a minha imaginação

Então os acontecimentos

O cotidiano ficou disperso

Pelas lentes dos sonhos

Sem nexo

O cotidiano fluía

Os deuses não gostam

De mente vazia!

Podei meus sentimentos

Amarrei-os a correntes

Prendi-os.

Ocupei o tempo

Não o deixei vazio.

Mas os deuses

Gritaram enfurecidos:

Dar-te-ei dores no ventre

Cólicas de desejos

Overdose criativa

Só para que não negues

Parva criatura

Que és mulher

E não podes fugir

À natureza

Que te fez sensível

Cria do amor

Expressão do sentimento!

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Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 26/01/2008
Código do texto: T834002