NAVEGAR-TE

Sou barco à deriva, num porto solidão

Minha alma cativa, busca um coração

Nas maresias, minhas lágrimas inundam o cais

Nas noites frias, os faróis não brilham mais

Tento inultimente, alcançar terra firme

Navego perdidamente, nada me redime

Onde moras Netuno? rei de todos os mares

Meu viver é noturno, afogo-me nos meus penares

Minha linda sereia, há muito não me enfeitiça

Queria envolver-te na areia, meu corpo te cobiça

Nesse meu viver tão parco, minha razão tornou-se louca

Antes que afunde meu barco, quero beijar-te a boca

Neste oceano infindo, navego-te em meus sonhos tortos

Dorme em paz...meu anjo lindo, nos veremos noutros portos