Reencarnação do amor.
Já não tenho mais espaço no coração.
Vento levou sorrisos e deixou solidão.
Alucinações, são as minhas companheiras,
Vadias, sadias ou frias.
Desfazem-se sonhos e beiras,
Na procura do amanha incerto.
E o Mundo tão perto!
…
Pobre da voz que se perde na escuridão,
Gritando o nome do dia.
E a alma vazia.
O surdo ouve risos,
O mudo recita poemas de dor.
O cego vê a esperança.
E eu sinto quem me beija.
São os improvisos.
Da natureza sem cor.
Como feita Criança,
Embalada em pele de cereja.
…
E a lua chora.
Falta tanto,
Perde seu encanto.
E as lágrimas já não são de agora.
Mas do principio,
Do tempo de Olímpio.
Que o sol a namorava,
E calor lhe dava.
…
E eu já não tenho espaço,
Nem para um beijo e um abraço.