DEVANEIOS DE UMA ROSA

DEVANEIOS DE UMA ROSA

Vês as flores olorosas em meu jardim?

Mantenho a primavera em meu olhar

Rosa sou a castidade vive em mim.

Procuro-te poeta, fausto, para bem amar.

E chegas de mansinho tal passarinho

Fita-me por um tempo. Finjo não ver...

Aninha-se em minhas pétalas com carinho

E Murmura palavras que nem sei dizer

Sem ter como abrandar o rubor do rosto

Receosa por melindrá-lo com meus espinhos

Rendo-me ao galante cavalheiro com gosto

Retribuo então com beijos e infindos carinhos

A inocência prevalece até que anjos ouçam a prece

De manter-me em botão desejado, imaculada.

Pois dia virá que não vou conter o que me apetece

Desabrochada então, serei mulher invejada!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 25/01/2008
Código do texto: T832357