DEVANEIOS DE UMA ROSA
DEVANEIOS DE UMA ROSA
Vês as flores olorosas em meu jardim?
Mantenho a primavera em meu olhar
Rosa sou a castidade vive em mim.
Procuro-te poeta, fausto, para bem amar.
E chegas de mansinho tal passarinho
Fita-me por um tempo. Finjo não ver...
Aninha-se em minhas pétalas com carinho
E Murmura palavras que nem sei dizer
Sem ter como abrandar o rubor do rosto
Receosa por melindrá-lo com meus espinhos
Rendo-me ao galante cavalheiro com gosto
Retribuo então com beijos e infindos carinhos
A inocência prevalece até que anjos ouçam a prece
De manter-me em botão desejado, imaculada.
Pois dia virá que não vou conter o que me apetece
Desabrochada então, serei mulher invejada!