Viver e Sobreviver
No beiral escorreguei,
quase cai.
E lá estava você
e me deste a mão.
Sobrevivi ao limbo
mas não incólume:
estava tatuado meu coração.
O pouco que restava
da minha emoção
venho à tona,
explicitou-se.
E eu vivi por ti, para ti,
quase me anulei.
Deste-me novamente a mão,
tua frágil e sofrida solidão.
E desta vez não só sobrevivi;
Mas, também, vivi e me amei
e te amei mais ainda.